Abrir mão da própria vida para satisfazer e não contrariar o parceiro é uma prova de amor? Veja quando aquilo que pensamos ser amor, nada mais é do que um vício.
- Toda forma de vício – vício em comida, álcool, drogas, cigarro, entre outros – traz prejuízos para o organismo e, de uma forma ou de outra, para a mente. Mas há um vício esmagador para a autoestima, a dependência emocional.Sobre esse vício, o psicólogo Marcos Bersam diz: “A dependência emocional é o pior dos vícios; escraviza patrocinada pelo amor, impede o crescimento e, por último, mata a pessoa ainda em vida, transforma o indivíduo em uma sombra existencial e sequestra a subjetividade característica do indivíduo.”
Veja alguns sinais de que não se trata de verdadeiro amor, mas de dependência emocional:
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Baixa autoestima
A pessoa acha que não é boa o bastante, que não merece nada de mais, por isso acaba se contentando com qualquer tipo de relacionamento.
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Carência excessiva
Ela precisa de alguém ao seu lado para se sentir bem e feliz. Não encontra felicidade e segurança enquanto não tiver alguém ao seu lado.
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Medo constante de ficar sozinha
Tende a se sentir perdida, aterrorizada pela possibilidade de permanecer sozinha.
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Receio de discordar
Ela evita bater de frente com o parceiro, evita posicionar-se contra seu ponto de vista ou questionar suas decisões por medo de perder sua aprovação e por medo de que surjam conflitos que podem acabar destruindo seu relacionamento.
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Perda da identidade e submissão
A necessidade de agradar é tanta, que ela se anula para satisfazer a vontade do outro, apaga-se na relação.
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Dificuldade para tomar decisões
Ela não toma decisões sem ter o aval do parceiro. Precisa de alguém que assuma responsabilidades importantes que ela mesma deveria assumir.
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Falta de autoconfiança
Ela tem dificuldade para iniciar um novo projeto sozinha por se considerar totalmente incapaz.
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Tendência de permanecer em relacionamentos abusivos
Ainda que, inicialmente, o parceiro não tenha deixado sua tendência a práticas abusivas transparecer, é bem provável que ela permaneça no relacionamento quando os abusos começarem.
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Tendência de se envolver com pessoas problemáticas
Pela necessidade de se sentir valorizada e útil (ao lado de alguém que precise dela de alguma forma), é comum que ela se envolva com pessoas viciadas, ou com problemas comportamentais ou psicológicos. E quando o relacionamento acaba, o ciclo continua, pois ela possivelmente voltará a se relacionar com um parceiro problemático.
No entanto, está nas mãos dela a decisão de interromper o ciclo e mudar sua forma de se relacionar. Ela só precisa reconhecer que não é natural esse tipo de comportamento em uma relação. Aliás, é uma forma doentia de se relacionar. Se ela acordar para essa realidade e buscar ajuda, é possível mudar de vida e descobrir o que realmente significa amar alguém. A dependência emocional ou afetiva pode ter raízes profundas, como traumas e conflitos, que podem ser descobertos e tratados através da psicoterapia.
Para uma pessoa conseguir se relacionar sadiamente com alguém, ela precisa, primeiramente, amar-se e aceitar-se. Só assim conseguirá amar o outro verdadeiramente. Se ela não consegue se amar, dificilmente conseguirá amar quem quer que seja da maneira como deve ser. Talvez por isso Jesus Cristo tenha determinado: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Marcos 12:31)
- Por Erika Strassburger
Anselmo Melo
Anselmo Melo,
Carioca, casado e pai de três filhos (herança do Senhor). Pastor Evangélico e empresário. Moro atualmente no Estado de São Paulo onde pastoreio a Igreja de Nova Vida em Limeira. Sou fundador e presidente da Associação Projeto Resgate Vida.
Esse artigo foi republicado com a permissão de Pastor Anselmo Melo