Para todas as esposas, essa é uma questão difícil que deve ser feita
regularmente. É muito fácil se deixar levar e entrar no modo de
auto-proteção. Ou, ainda pior, descobrir que nossas decepções e desejos
se tornaram demandas ressentidas e acreditar que merecemos receber mais
do matrimônio e do marido.
Nossos corações instáveis facilmente se desviam do caminho conforme
vamos nos exaltando acima de qualquer coisa. Em nossa relutância de se
arrepender, viramos as costas para Deus e para o homem que amamos.
Gostaríamos de pensar que somos humildes, mas não somos. Que Deus abra
nossos olhos, convença-nos do nosso pecado e nos leve ao arrependimento.
Não vou nem começar a fingir que tenho uma mensagem que não me inclua
como culpada. Apesar de não ter cometido adultério durante os meus 17
anos de casamento e não estar prestes a terminá-lo, eu não sou menos
culpada em relação ao pecado que leva a este destino.
“Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada.” Provérbios 31.30
Com atenção, volte comigo para o começo da humanidade – o Jardim do
Éden. Nossa primeira mãe foi criada pela costela de seu marido por um
Pai amoroso e carinhoso que a colocou ali no meio do paraíso.
Infelizmente, nós mulheres frequentemente não reconhecemos quando temos
algo que é bom, mesmo se isso estiver nos cercando por todos os lados.
Eva se deparou com uma simples pergunta da cobra e a conclusão dela
foi: “Deus está se recusando a me dar algo. Eu mereço mais do que isso.
Meus olhos estão encantados (Gênesis 3.6). Acho que vou tomar essa
questão em minhas mãos.”
Eva não teve temor ao Senhor. Naquele momento ela:
- Não valorizou a provisão de Deus;
- Não confiou na bondade de Deus;
- Não acreditou nas promessas de Deus.
Ela temeu mais estar perdendo algo que ela acreditava que merecia do
que temeu desobedecer a Deus. Nós somos mais parecidas com Eva do que
temos coragem de admitir. Nós não valorizamos a provisão de Deus
(Efésios 2) de graça (favor imerecido) e de misericórdia (perdão
imerecido). Nós discordamos e decidimos que merecemos algo mais
confortável e fácil do que as lutas que estamos enfrentando.
Nós não confiamos em sua bondade (Salmo 27), mas, ao invés disso,
inventamos nosso próprio plano para obtermos satisfação ou para escapar
de algo, convencendo a nós mesmas de que o prazer momentâneo é melhor.
Nós não acreditamos que suas notáveis e preciosas promessas (1 Pedro 1)
se aplicam à nossa luta atual. Elas não parecem suficientemente rápidas
ou tangíveis para eliminar nossa ansiedade e nossa exaustiva dor.
Minhas irmãs, nós estamos erradas. Nós devemos nos arrepender. Devemos ser mulheres que temem ao Senhor.
Sem o temor a Deus, não podemos descansar satisfeitas
“O temor do Senhor conduz à vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e mal nenhum o visitará.” Provérbios 19.23
A vida é encontrada à sombra da cruz. Ele deu tudo por nós e, de
alguma maneira, nós ainda nos vemos inventando planos de contingência,
nos afastando de onde encontra-se a liberdade e o perdão para buscar o
que pensamos que se parece com a vida nos braços de um outro – seja um
outro homem, bebida, dinheiro, ou outro salvador funcional.
Nos é dito que aquele que teme ao Senhor descansa satisfeito. Quando
nos encontramos vagando nos braços de outro amante, é porque não tememos
ao Senhor. Nós não tememos o Deus santo e justo que não tolera o pecado
– nós apenas queremos o que queremos. Agora mesmo.
A satisfação vem pura e somente em saber que não há nada que se compare a viver nossa vida em submissão à Sua glória.
Como uma mulher que teme ao Senhor, você não sofrerá mal algum. Para
uma mulher que verdadeiramente ama e teme ao Senhor, mal é singularmente
definido por estar numa situação em que Deus não está perto. Nós nunca
vamos nos encontrar nessa situação. Como suas filhas, nunca estaremos
fora de Sua soberania, da justiça de Cristo ou do conforto do Espírito
Santo.
Eu sei que muitas vezes parece que o mal vai nos atacar e acabar
conosco. Nesses momentos, nós devemos lutar. Ironicamente, é nessas
horas que o tranquilo e gentil espírito de uma mulher que agrada a Deus
(1 Pedro 3) deve vir à tona.
Lutar deve parecer-se com proclamar, ativamente, o evangelho da
Verdade para si mesma, combatendo seu coração enganoso e o inimigo que
está determinado por vingança. Lutar deve se parecer com plena e total
submissão, descansando no poder e provisão do Senhor que te sustenta.
Mal algum – definido como a ausência de Deus – alcançará a mulher que
teme ao Senhor.
O arrependimento começa com uma adoração focada em Deus. Deixe para
trás a auto-adoração e os lugares vazios onde você tem procurado vida.
Se envolva nos braços de perdão e amor do seu Pai que deseja ser
misericordioso com você. Ore por um casamento que é verdadeiramente
baseado no evangelho. Isso começa com o reconhecimento de que o lugar
mais assombroso para se estar é longe dEle e, o mais seguro, calmo e
prazeroso é nas mãos do Pai.
Por : Jennifer Smidt Fonte: IPródigo
Traduzido por Fernanda Vilela | iPródigo.com | Original aqui
Anselmo Melo
Anselmo Melo,
Carioca, casado e pai de três filhos (herança do Senhor). Pastor Evangélico e empresário. Moro atualmente no Estado de São Paulo onde pastoreio a Igreja de Nova Vida em Limeira. Sou fundador e presidente da Associação Projeto Resgate Vida.
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Esse artigo foi republicado com a permissão de Pastor Anselmo Melo