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MEU QUERIDO PASTOR PORNO?

Pastor Anselmo Melo

1.Sou o pastor de uma igreja pequena. Já faz um tempo que estou de olho nesse site e percebi que já estava na hora de eu me manifestar. É muito simples, minha vida está uma bagunça. Sim, como você pode imaginar eu tenho esse pequeno segredo sórdido chamado pornografia. Eu tenho conseguido esconder isso de minha esposa, minhas duas filhas adolescentes e de minha pequena igreja, e eu não passo um dia da semana sem me sentir culpado.
Eu levo uma vida dupla. Sou pastor em período integral, mas na maior parte do tempo eu fico sozinho no escritório da igreja baixando muitos vídeos pornôs da internet, e eu me sinto simplesmente incapaz de conter isso. Eu até mesmo comprei um HD extra só pra manter esses vídeos, mas ele já está ficando cheio.


As horas mais dolorosas de minha vida são quando minhas filhas me dão um abraço e dizem que me amam e que acham que eu sou o cara mais legal do mundo. Isso dói, mas ainda assim é melhor do que ter duas filhas furiosas me amaldiçoando por causa de meu vício com pornografia. Já faz anos que minha esposa e eu não temos mais momentos íntimos, porque eu simplesmente não sinto mais vontade de estar com ela. Ela não faz todas as coisas sacanas que as garotas dos vídeos fazem e ela também não é tão atraente quanto elas.
Ela definitivamente não está interessada no estilo “Playboy” de ser. Felizmente, ela não é muito interessada em sexo, então acho que ela pensa que é legal o fato de eu não procurá-la nesse sentido. Mas de certa forma isso é muito patético. É como um carro sem ar condicionado no verão de carioca: ele funciona, mas é uma droga.
Então pessoal, fiquem longe da pornografia a qualquer custo! Se você não consegue, ao menos esconda bem da sua família e da sua igreja. É melhor fazer isso do que fazê-los passarem por um inferno. No meu caso, eu já desisti de mim mesmo. Eu simplesmente oro para que Deus use minhas pregações independentemente de minhas lutas pessoais, assim mais pessoas viriam para dar suporte à igreja. O evangelho precisa seguir em frente apesar de meus problemas pessoais.
Isso é o que importa.

2.Eu fui um viciado por mais de 20 anos até que minha esposa me pegou e ameaçou me deixar. Eu me arrependi, fui expurgado, busquei ajuda o mais importante, eu procurei um mentor. Eu já tinha me desligado de meu ministério em tempo integral porque eu consegui enxergar claramente as limitações de estar divido entre minha mente e minha alma.
Eu instalei um filtro anti-pornografia em todos os meus computadores. Sim, eu tive recaídas, porém não me entreguei. Agora minha esposa sabe quando eu estou em tentação porque eu ajo de uma forma bem diferente – e é uma tentação descobrir estas diferenças encobri-las. Mas graças a Deus que eu tenho alguém que me conhece tão bem e que pode me ajudar a ficar limpo.
Eu não sei se tenho sido curado ou não – eu tenho confessado assim, porém, logo eu encaro a tentação novamente.
Ao pastor que, como eu, pensou que poderia continuar com essa vida dupla: você não pode. Esse vício ataca bem no meio de você, e você não consegue ser a mesma pessoa que seria sem esse vício. Você pode ser livre, mas você não poderá ser um canal de benção e verdade de Deus se você estiver no vício.
Purifique-se, a qualquer custo.
Eu já palestrei a grupos de homens, retiros e até mesmo grupos de jovens sobre meu problema, e foi incrível como pessoas vieram até mim momentos, semanas ou meses depois para dizer que minha experiência as deu força para lutar e expor o seu vício.
Essa é uma alegria imensa. Mas eu sei que, sem sombra de dúvida, que havia homens e mulheres nessas reuniões que precisavam abrir o jogo e não abriram. Esta é uma dor que sinto no meu coração. Essa dor é quase a mesma que senti quando meu filho caiu em pecado com uma mulher mais velha. Quando tudo desabou e “o mundo caiu” ele também admitiu seu vício com a pornografia.
Pessoal, isso não é algo que pode ser integrado com um ministério honrável de Cristo, e cada homem tem seu ministério, quer com a igreja, quer com sua família.


3.Todos esses homens compartilhavam algo em comum: eles se tornaram viciados com um comportamento sexual compulsivo. Um acha que não tem mais solução outro vive uma esperança em Cristo, você vive qual situação?
Vício é um conjunto de hábitos pecaminosos de pensamentos e ações que se transformam em um estilo de vida. Assim, existem aqueles que desenvolvem um estilo de vida de satisfação sexual e tornam-se viciados no “clímax” associado à atividade sexual, da mesma maneira que outros se viciam na euforia do álcool ou das drogas.
Quando os homens enfatizam demasiadamente a importância do sexo na vida deles, este começa a ditar-lhes um estilo de vida, e eles ficam obcecados por pensamentos sexuais. No fim, perdem o controle sobre com que freqüência, com quem e sob quais circunstâncias terão relações sexuais. Eles tornam-se prisioneiros de um comportamento sexual compulsivo. O que começa como “apenas se divertindo um pouco” ou “satisfazendo os desejos normais”, gradualmente os atrai cada vez mais fundo para o lodo da escravidão.
Se continuarem sem se arrepender, Deus irá entregar-lhes a um sentimento perverso (Rm 1.28).
Você gostaria de sair dessa? Devemos uma pergunta “O quanto você se importa? Quando chegar ao ponto em que realmente não agüentar mais o pecado em sua vida, estará disposto a fazer qualquer coisa, até mesmo tomar-se vulnerável a uma outra pessoa? O que o deteria? Somente o desejo de salvar as aparências, a reputação, e proteger-se. A libertação real do pecado sexual jamais será possível até que o coração esteja aberto e exposto. Evitar falar, encobrir e mascarar o verdadeiro eu somente o manterão preso nas trevas.
O que você escolhe? Saiba que a verdadeira revelação sobre a graça de Deus é que sua vitória sobre o pecado não é por causa dos seus esforços, mas por causa da graça maravilhosa de Deus!




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Anselmo Melo

Anselmo Melo,
Carioca, casado e pai de três filhos (herança do Senhor). Pastor Evangélico e empresário. Moro atualmente no Estado de São Paulo onde pastoreio a Igreja de Nova Vida em Limeira. Sou fundador e presidente da Associação Projeto Resgate Vida.




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Esse artigo foi republicado com a permissão de Pastor Anselmo Melo