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Arrebatado ao terceiro céu e a Igreja na Grande Tribulação


Wilma Rejane
“Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo não sei, se fora do corpo não sei, Deus sabe) foi arrebatado até ao terceiro céu. E  sei que tal  homem (se no corpo ou fora do corpo não sei, Deus sabe) foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais o homem não é permitido falar.” ( II Coríntios 12: 2-4).
O homem a que se refere o texto do arrebatamento ao terceiro céu é Paulo, ele evita falar isso por não querer gloriar a si mesmo, mas ao Senhor Jesus que concedeu-lhe tamanho privilégio. O arrebatamento de espírito, teria ocorrido no ano 42 d.c, cerca de quatorze anos antes da escrita de II Coríntios. 
Paulo  não discerne  se foi arrebatado em corpo e espírito ou somente em espírito, mas a palavra que usa para descrever a experiência sobrenatural é  harpadzo, a mesma usada para arrebatamento em I Tessalonicenses 4:17.

Arrebatados = harpadzo (Strong 726) = capturar, agarrar, apanhar. Descreve a ação do Espírito Santo transferindo Paulo de um lugar a outro.

Para onde Paulo foi arrebatado?

Paulo  não dá maiores detalhes, não descreve o lugar. Contudo, diz que lá ouviu palavras duras, inefáveis. Palavras que nem todo homem seria capaz de ouvir. Ele guardou esse fato em silêncio, e somente quando foi preciso ser também duro e inefável com a igreja em Coríntios é que tornou pública sua experiência. Coríntios estava mergulhada em impureza sexual, orgulho e  falta de doutrina. A ida de Paulo ao terceiro céu havia lhe ensinado – entre outras coisas-  que em alguns momentos da vida, seria preciso dizer a verdade de forma direta e objetiva.

O lugar a que Paulo se refere é o Paraíso,  onde habitam os justos. É o chamado céu dos céus:

Essa dimensão está além do espaço e das estrelas, a palavra é também  descrita como “Jardim”. ( Lucas 23:43 Ap 2:7). Para lá foi aquele ladrão crucificado na cruz ao lado de Jesus. O terceiro céu é a herança dos justos, o lugar definitivo dos cristãos (João 14:2)

As provações e o terceiro céu.
Paulo não apenas ouviu palavras inefáveis,ele recebeu conforto e a certeza de que existia um destino, uma morada eterna o aguardando. Certamente, essa certeza o encorajou nos momentos difíceis de perseguição e prisões. A visão da eternidade caminhava com Paulo de modo que a visão terrena lhe era menor e passageira.

Estamos certos de que, se esta nossa temporária habitação terrena em que vivemos for destruída, temos da parte de Deus um edifício, uma casa eterna nos céus, não construída por mãos humanas. “II Coríntios 5:1.

Aos Coríntios não seria preciso passar pela mesma experiência de Paulo, eles só precisavam ter fé de que Deus os aguardava em um lar definitivo onde iriam repousar eternamente. A visão do invisível lhes daria força para resistir ao pecado e as propostas do mundo. Havia algo maior, melhor, não passageiro os aguardando.

“Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” Romanos 8:18
O arrebatamento é Bíblico, uma promessa de Deus para a igreja, é mais que esperança é a certeza de que Jesus Cristo voltará.  Creio no rapto da igreja (João 14:1-3 ; I Tessalonicenses 4:15-17), creio que Jesus voltará brevemente. Também creio que entramos em um período da história humana de catástrofes e perseguições, de dificuldades e provações em um nível maior. A igreja não está isenta de sofrimento (João 16:33), viverá ainda muitas das “dores de parto” (Romanos 8:22), porém, não deve temer, se desesperar pelo que virá. Jesus Cristo estará conosco, todos os dias (Mateus 28;20).
Já considerei o arrebatamento antes da Grande Tribulação, período de 7 anos finais na terra, porém, atualmente creio que a Igreja passará pela Grande Tribulação sendo o arrebatamento uma certeza em um tempo que somente Deus sabe. Tudo indica que esse tempo está bem próximo e também a redenção da Igreja, aleluia! A graça e misericórdia de Deus nos sustentará, pois, Seu poder está acima de qualquer força terrena. 
Oração; Amado Deus, até aqui me trouxe o Senhor, sou grata por Seu grande amor e misericórdia. Peço perdão pelos pecados, perdão por não compreender Seus planos, tantas vezes. Peço perdão por não compreender tudo que está escrito em Sua Palavra, sou limitada e totalmente dependente de Ti. Me ajuda a estar de pé até o dia em que me chamares para Tua glória, quer seja antes, durante ou após a Grande Tribulação, me fortalece para jamais negar o Seu nome, dá-me de Tua provisão a cada dia para que eu não desfaleça nesse mundo. Muito obrigada por tudo, em o nome precioso de nosso Senhor e Salvador Jesus.
Deus o abençoe, em nome de Jesus.

Esse artigo foi republicado com a permissão de Wilma Rejane Neri Moura