Férias são
necessárias e importantes para todos. Férias não é um tempo ocioso. Férias é um
investimento em você e em sua família.
Pastores
que se gastam pela Obra também precisam de um tempo especial para si mesmo e
para passar com suas famílias.
Tenho compartilhado com outros pastores minhas
preocupações sobre meu tempo de férias e eles também tem muitas preocupações em
comum. Uma dessas preocupações é o fato de que muitas pessoas deixam de
frequentar os trabalhos quando seus pastores não estão presentes aos cultos. É
como se eles pensassem assim: “Como o pastor está de férias eu não preciso
estar lá. Não estou de férias mas vou aproveitar para tirar férias da Igreja”.
Essa postura de alguns crentes me deixa entristecido.
Quanto às minhas férias eu gostaria de dizer que:
1º) Estou de férias, mas faço
o trabalho pastoral onde estiver – Enquanto passeio , prego em outras Igrejas,
ajudo na ministração de Ceia, converso com pessoas, compartilho de Jesus em
todas as oportunidades… É um tempo despreocupado das rotinas do meu campo.
Não é um tempo de férias da fé;
2º) Não estar no campo não me
isenta do zelo com o rebanho – É muito comum que eu e minha família conversemos
sobre o que está acontecendo na Igreja naquele momento. Também é comum que
fiquemos pensando em como foi este ou aquele trabalho.
Logo, quero considerar que:
1º) Um crente genuíno não tira
férias da fé ou da Igreja. Um crente sempre será um embaixador de Cristo em
qualquer lugar. Isso implica em continuar firme na assistência a Igreja e aos
trabalhos dela : não importa se o pastor estará presente ou não. Um crente é um
cidadão do céu. Essa é sua identidade não importando se seu pastor está do seu
lado naquele momento ou não. Um cristão é um Cristão em todo tempo.
2º) Um Cristão verdadeiro
jamais se desliga de sua Igreja. Não importa o que aconteça. Um
crente autêntico é Igreja, logo, não se desliga dela. Além do mais,
um crente verdadeiro não esquece que , em sua profissão de fé , comprometeu-se
com a Igreja, com os trabalhos da mesma, com a oração, com a leitura da
Palavra, com a expansão do Reino, com as autoridades eclesiásticas, com os
irmãos : fez um compromisso de unidade e comunhão. Quem se colocou sob essas
promessas, por livre vontade e em gratidão pela maravilhosa obra de Cristo em
sua vida, não é capaz de simplesmente “tirar férias da Igreja”.
José continuou sendo homem de Deus no poço, escravo,
preso ou governador. Seu pai não estava ali para “fiscalizar”. Era de sua
natureza convertida ser um homem de Deus.
Paulo era cristão autêntico estando livre, preso,
apanhando, naufragando, perseguido, elogiado, ameaçado de morte… Ele era um
servo de Cristo tendo os crentes e os líderes da Igreja por perto ou não.
Um cristão genuíno é sempre Cristão. A Graça o
alcançou e ele não se enxerga sendo outra coisa que não um honrado cidadão da
Jerusalém celestial.
Sei da triste realidade de que muitos “crentes”
condicionam sua ida à Igreja ao pregador. Sua frequência depende de quem estará
à frente do trabalho. Isso é lamentável! Oro para que a maturidade na fé chegue
logo para tais irmãos. Um servo maduro sabe que vai a Igreja para ouvir Deus
falar. E quando um crente vai a Igreja desejoso de ouvir mais do Senhor, ele
ouve. Deus usa o menos capaz de todos os homens para falar grandes coisas ao
coração de um homem que vai a Igreja para ouvir a Palavra de Cristo. O
porta-voz que lhe fala neste momento é o menos capaz.
Seu pastor não morreu na cruz por você! Seu pastor
não perdoa pecados! Não é do seu pastor a Graça irresistível! Não é o seu
pastor quem aplica a obra salvífica em seu coração! Postas essas coisas entenda
que um cristão está na Igreja por causa de Cristo, não por causa do pastor.
Cristo está presente em Sua Igreja, edificando-a. Se Cristo permanece em Sua
Igreja (e Ele se faz presente em todo tempo no meio do seu povo) , você também
deve permanecer. Seu pastor merece seu respeito, consideração, carinho e apoio.
Mas, Cristo é o centro e você deve permanecer firme e frequente na Igreja por
amor e gratidão a Ele. E sua firmeza na fé alegrará o coração de seu pastor e o
Coração do Supremo Pastor.
Não tire férias com seu pastor!
Rev. Juberto Oliveira da Rocha Júnior.
Pastor da
Igreja presbiteriana de Nova Era – MG
Esse artigo foi republicado com a permissão de Blog do Rev. Juba.