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Igreja. Saiba porque estamos te deixando


 1 – Seus cultos se tornaram ralos.

O púlpito ornamentado, as luzes, a equipe de louvor, o novo projetor de vídeo, tudo isso se tornou um ruído para aqueles que realmente estão tentando encontrar Deus. Eles até agradam e distraem por uma hora, mas possuem tão pouca relevância na vida diária das pessoas que elas estão zarpando.

2 – Você está usando uma língua estrangeira.

Igreja, você fala e fala e fala, mas está usando uma língua morta. Você se apega a palavras empoeiradas que não possuem ressonância nos ouvidos das pessoas, sem perceber que apenas falar essas palavras mais alto não é a resposta. Todas as expressões e palavras-chave que funcionavam 20 anos atrás não funcionam mais.

3 – Sua visão não vai além das paredes.

Os bancos confortáveis, o equipamento de última geração, o novo sistema de ventilação e a ala infantil são top de linha… e caros. Na verdade, a maior parte do seu tempo, dinheiro e energia parece ser atrair as pessoas para onde você está ao invés de alcançá-las onde elas já estão.

Você quer alcançar as pessoas que estão perdidas? Saia do prédio.

4 – Você escolhe batalhas pobres.

Nós sabemos que você gosta de lutar, Igreja. Isso é óbvio.

Quando você quer, você vai pra guerra com artilharia pesada. O problema é que suas batalhas são mal direcionadas. Protesto contra fast-food, reality-show, piada ruim sobre o cristianismo na tv.

Tudo isso pode gerar um alvoroço no Facebook e no Twitter do lado de dentro, para os já convencidos, mas são apenas fogo de palha para os que estão aqui fora com sangue nas botas.

Todos os dias vemos um mundo sufocado pela pobreza, racismo, violência, intolerância e ódio; e em face dessas questões, você fica estranhamente, assustadoramente calada. Nós gostaríamos que você fosse mais corajosa nessas batalhas, pois assim, teríamos prazer em ir à guerra com você.

5 – Seu amor não parece amor.

Amor parece ser uma grande questão para você, Igreja, mas não sabemos onde ele vai parar quando a coisa fica mais séria. Na verdade, mais e mais, esse slogan de amor parece incrivelmente seletivo e definitivamente estreito; filtrando toda a gentalha cristã, que infelizmente parece incluir demasiados de nós.

Você consegue nos amar se xingarmos, bebermos, fazermos tatuagens, ou Deus nos livre, ouvirmos rock? Não acho que consigam.

As pessoas não precisam ser deslumbradas com algo grande, palavras igrejeiras, painéis escatológicos e sistemas teológicos complicados. Fale com elas de forma clara e abundante sobre amor, alegria, perdão, morte, paz, Deus, e elas ouvirão.

Mantenha o discurso interno e em breve as palavras ecoaram em um prédio.

(John Pavlovitz)

Esse artigo foi republicado com a permissão de Pastor Anselmo Melo

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