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De mãos dadas com Jesus


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João Cruzué

A semana
que passou foi a semana das menininhas. Explico: tive minha atenção
despertada por várias delas. No sábado quando caminhava observei duas,
de uns dois anos, gêmeas. Lindas, tagarelas e brincando na calçada.
Domingo, durante o culto, tinha mais uma brincando no banco de trás.
Acho que não tinha mais do que dois aninhos. Mas hoje, pela manhã eu
quase “babei” ao ver um pingo de gente seguindo para a escola, com uma
mochila rosa com desenhos dourados (quase maior que ela) de mãos dadas
com seu papai. E não é a primeira vez que escrevo sobre este assunto.

Hoje eu
fui mais cedo para o trabalho. Desci do ônibus antes do final para
caminhar porque estava com mais desejo de orar do que de costume. Eu
ando pensando em fazer uns jejuns para tirar uma dúvida sobre dons de
curar. No meio da caminhada, lá vem a menininha da mochila rosa com seu
pai. E eu me lembrei dos primeiros anos de casados quando minha esposa e
eu adorávamos sair com a Pris, então com um, dois aninhos.

A Pris nasceu
linda. Quando fui vê-la no berçário, não estava lá, mas nas mãos das
enfermeiras. Elas a achavam muito bonita. Nas compras pelo supermercado,
então, nós a colocávamos na cadeirinha do carrinho. E ninguém ficava
indiferente, pois era muito sorridente e barulhenta.

Também me lembro de que eu a tomava pela mão e seguíamos para um gramado no prédio em frente, para passearmos na “floresta”.

Mas não foi somente para falar de menininhas que estou escrevendo.

Eu não
conseguia ver, mas durante o tempo de minhas aflições, pois fiquei
desempregado por 11 anos, eu orava, eu chorava, eu batia nas portas
fechadas. Naquele tempo eu sentia que Jesus estava bem longe de mim. Eu
não conseguia ver Jesus. Como Tomé, eu só acreditaria se Ele me
mostrasse suas mãos. Mas o Senhor estava lá.

Voltando ao assunto
da caminhada e da oração, também vi outras duas coisas além daquela
cena magnífica da menina da mochila rosa segurando a mão do seu papai.
Do outro lado da Avenida tinha um prédio velho. Sujo. Com pichações em
todos os andares, janelas quebradas e sem porta de entrada. Uma barreira
de blocos de concreto foi erguida de forma a fechar a entrada do
prédio, para que ninguém entrasse.

E mais adiante
também vi uma palmeira areca-bambu com um cacho de muitos coquinhos. E
outra, com outro cacho ainda maior. E eu fiquei imaginando e meditando
naquelas três cenas.

Sei que muitas
pessoas leem este blogs. Leem no anonimato e ninguém fica sabendo.
Talvez seja este o seu caso. Saiba que escrevi esta crônica para você.
Para você que ao ler a descrição do velho prédio abandonado, disse para
si: “Este se parece comigo, estou sozinho/sozinha e nem portas há para
que eu saia. Pois bem, você precisa saber uma coisa: quem passou por 11
anos de desemprego também sabe o significado da palavra – lixo.

Toda lágrima
que chorei, o Senhor Jesus viu. Toda falta que a minha casa passou o
Senhor conhecia. As portas na “cara” e o sumiço dos “amigos” Ele também
notou. E enquanto eu pensava e sentia que estava sozinho, Ele nunca
deixou de segurar minha mão. Desde o dia em que o aceitei de verdade
como dono da minha vida. E a prova disso é, que tempos depois, para cada
necessidade que minha família e eu passamos, o Senhor Jesus nos deu
tanto que não posso detalhar.

É por merecimento?
Não! É porque Ele me adotou como filho desde o dia que o aceitei.
Quando você aceita Jesus, de verdade, de coração, você não anda mais
sozinho. Os olhos do Senhor nos acompanham. As mãos do Senhor nos
amparam, ninguém vê – mas Ele está lá.

Jesus muda
o quadro da história. Ele transforma um prédio velho em ruínas em
menininha saltitante de mochila com letras douradas. E uma vida
miserável que habita na escuridão em uma alguém tão abençoado, que suas
bênçãos não se podem contar em um cacho de coquinhos de areca-bambu.

Eu sei que Jesus
faz tudo isto, pois é isto que fez na minha vida. O Senhor Jesus é
especialista em milagres e Doutor das causas impossíveis

Procure
uma Igreja Evangélica mais próxima para ACEITAR OU VOLTAR para Jesus. Dê sua mão
para ele segurar. “Entrega teus caminhos ao Senhor, confia nele, e ele
tudo fará” (Salmo 37).

Esse artigo foi republicado com a permissão de Olhar Cristão

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