Caravan 1975
João Cruzué
Hoje eu preciso contar um testemunho que cumpriu-se há cerca de 23 anos, repetiu-se esta tarde na vida de uma colega de trabalho. Ele tem promessas firmes de bênçãos que ainda vão se cumprir na vida de muitos leitores do Blog Olhar Cristão. Guarde bem todas essas palavras no coração.
Em 1984 minha esposa estava no Colégio Dimensão, na Praça Floriano Peixoto, Bairro de Santo Amaro – São Paulo. Nós tínhamos decidido comprar um carro, pois ela estava grávida de uns cinco meses e andar de ônibus tão pesada era um pouco desconfortável. Então passamos a procurar nosso primeiro carro.
Na Avenida Adolfo Pinheiro, bem no começo da Vereador José Diniz, havia uma loja de carros usados e uma Belina II vermelha que por ela me “apaixonei”. Preço Cr$3.200.000,00. Zeros que se perdiam de vista, enquanto nosso dinheiro não chegava a tanto.
Um dia, vindo da cidade, desci no Brooklin um ponto antes da agência Colonial do Bradesco. Meu Tio Joel (já falecido) morava na Rua Roque Petrelha e a Tia Bê era a melhor costureira de São Paulo. Eu levava nas mãos um tecido para que fizesse uma bata.
Ao descer caminhei pela rua cuja esquina tinha a Loja de Pneus DPascoal – aquela do “Nestor” ao seu dispor e do “Alemão” a sua disposição – uma antiga publicidade na televisão. Não havia caminhado 50 metros quando vi uma Caravan, marron de pintura metálica, estacionada com uma placa no vidro da janela: Vende-se. Preço: Cr$2.850.000,00. Memorizei o telefone e chegando à casa do Tio Joel contei tudo para ele.
–Batista, ele telefonou no outro dia: Fui lá, examinei, e nunca vi um carro usado com um motor e chassis tão conservados. “Pode comprar porque é bom negócio, mas venha logo”, ele recomendou. Tio Joel era motorista profissional. Orei, e fui buscar a minha Caravan!
Qual não foi a surpresa, quando em frente ao prédio ao falar pelo telefone com o dono ouvi estas palavras: Acabei de vender!
Fiquei muito decepcionado. No ponto a caminho de casa, enquanto o ônibus não vinha eu pensava: Senhor, mostras-me aquele “carrão”, faz-me sentir o cheiro da bênção e depois ele vai para outro, deixando-me apenas com água na boca?
Chegando em casa tomei uma atitude: liguei de novo para o dono da Caravan. Atendeu a irmã dele: “Moça, há pouco falei com seu irmão sobre a Caravan e ele me disse que já tinha vendido; por favor tome nota do meu telefone para o caso de alguma coisa e ela anotou.
Meia hora depois,
liga do dono da Caravan: Desfiz o negócio, pode vir buscá-la, pois agora é sua.Não preciso nem dizer a alegria que minha esposa e eu sentimos. Ficamos com aquele carro por uns bons cinco anos.
Hoje à tarde, uma colega de trabalho, que vou chamar de AJ, estava preocupada com uma possível bolsa integral de estudos do Pro-Uni; carreira de Ciências da Computação. Acontece que suas duas últimas semanas foram muito atribuladas. Com problemas até no CPF receava ter perdido o prazo e a bênção que ela também já tinha sentido “perfume” bem de perto – como eu.
Então contei-lhe exatamente o mesmo testemunho escrito acima, e ainda disse: Se o Senhor já fez você sentir o gosto, o cheiro da bênção, tenha certeza de que ela vai ser mesmo sua.
No final da tarde, AJ recebeu um telefonema da secretaria da Universidade comunicando que eles lhe tinham concedido a bolsa integral. Ela ficou contentíssima.
Eu me alegrei no Espírito e decidi escrever este testemunho, pois o Senhor não deixa nenhum filho/a Dele apenas com o gosto ou o perfume da bênção. Após o cheiro, vem a bênção de verdade.
Em nome do Senhor Jesus prepare-se. O que parecia ser seu – ainda é. Já pensou se eu tivesse voltado para casa e não tivesse ligado outra vez e deixasse meu telefone com o dono da Caravan? Esqueça o que deu errado até agora e volte, como fez Moisés ao palácio de Faraó. Vá insistindo, e insistindo, e nunca desista, pois assim é que Jesus vai dar esta vitória para você.
João Cruzué
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Esse artigo foi republicado com a permissão de Olhar Cristão.