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A Bíblia prediz a vinda de Maomé? – Bereianos

Bereianos



Os muçulmanos tem afirmado por um bom tempo que a vinda de Maomé foi profetizada na Bíblia, ou seja, nas Escrituras judaicas (Antigo Testamento) e nas Escrituras Cristãs (Novo Testamento). Por que os muçulmanos fazem essa declaração? A alegação baseia-se na afirmação contida no Alcorão de que a vinda de Maomé está descrita nas Escrituras do ahl al-Kitab (i.e., “o povo do Livro), um título dado aos judeus e cristãos. Ele afirma: “Aqueles que seguiram o Apóstolo, o Profeta iletrado [Muhammad], o qual encontram mencionado em suas próprias (Escrituras), na Lei e no Evangelho” (Alcorão 7:157). A Lei e o Evangelho se referem, naturalmente, às Escrituras judaicas e cristãs, respectivamente.

Uma incoerência surge neste momento, quando levamos a Bíblia à discussão sobre o Islã. Muitos muçulmanos afirmam que a Bíblia é:

  1. Corrompida e não-confiável.
  2. Algumas de suas partes são verdadeiras.
  3. Algumas partes são falsas.

Se (1) for verdadeiro, então o argumento de que Maomé é previsto na Bíblia é discutível e irrelevante, porque a Bíblia não pode ser confiável. Ambos (2) e (3), essencialmente, dizem a mesma coisa e a maioria dos muçulmanos optam por (2) ou (3). A razão para fazê-lo, contudo, não se baseia em qualquer critério consistente, mas sim uma abordagem ad hoc, limitada desde o seu princípio. Como os muçulmanos sabem quais são as partes da Bíblia que são verdadeiras e confiáveis e quais não são? Eles fazem isso usando o Alcorão como guia de referência. Quando a Bíblia concorda com o Alcorão, ela está certa, quando isso não acontece, é uma interpolação ou um erro. Essa é exatamente a mesma metodologia que as seitas usam para julgar a Bíblia, se ela não estiver em conformidade com a sua “nova” revelação ou escritura, é um erro.


Para que o muçulmano declare que a Bíblia prediz a vinda de Maomé ele/ela deve manter o ponto (2) descrito acima. As três passagens principais que são citadas para apoiar a alegação de que Maomé é previsto na Bíblia são:

  1. Deuteronômio 18: 18-19
  2. Cantares de Salomão 5:16
  3. João 14: 16-17, 26; 15:26; 16:7

Vamos examinar cada uma dessas passagens e ver se elas suportam ou não as alegações dos muçulmanos.


Deuteronômio 18:18-19

Eis lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. E será que qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu o requererei dele. (Deuteronômio 18:18,19)

Os muçulmanos declaram que Maomé é o “profeta” mencionado aqui e argumentam que a expressão “seus irmãos” refere-se aos ismaelitas que eram meio-irmãos dos israelitas, em virtude do fato de que ambos eram descendentes de Abraão. A razão pela qual os muçulmanos apontam isso é que Ismael também era filho de Abraão e, portanto, um meio-irmão de Isaque, antepassado da nação judaica. Ismael, argumenta-se é o pai da nação árabe, e uma vez que Maomé era um árabe, ele seria um descendente de Ismael, e, portanto, um “irmão” semita dos judeus. Ressaltamos, contudo, que se os ismaelitas são “irmãos” dos israelitas, por que os edomitas também não podem ser os “irmãos” mencionados aqui? Os edomitas eram descendentes de Esaú (Gênesis 36:9), que era o irmão de Jacó, de mesmo pai e mesma mãe e, portanto, era um irmão completo de Jacó.


Além disso, Esaú era neto direto de Abraão (Gênesis 25:19, 24-26). Se este for o caso, não seria melhor qualificar os edomitas como “irmãos” completos de Israel ao invés dos ismaelitas que seriam meio-irmãos? A alegação de que Maomé e os árabes são descendentes de Ismael é necessária como uma polêmica para reforçar a conexão islâmica a Abraão. No entanto, a evidência parece indicar que esta crença particular surgiu posteriormente no Islã e é duvidosa. Há evidências convincentes de que Ismael não era o pai dos árabes, e, portanto, não era pai de Maomé. Na verdade não há registro ou menção algumas em fontes pré-islâmicas afirmando que Ismael seria o pai dos árabes. Ao invés disso, as evidências indicam que os árabes (como um povo) já existiam antes de Ismael e, portanto, é impossível que ele seja o progenitor dos povos árabes. Apesar de essa questão em específico estar além do escopo deste artigo, o leitor é remetido a um artigo interessante sobre o assunto, que pode ser encontrado em Answering Islam (em português).


A partir do contexto da passagem (e o que a precede) está claro que o termo “seus irmãos” é uma referência exclusiva aos israelitas e a mais ninguém. Veja Deuteronômio 18:1,2:

Os sacerdotes levitas, toda a tribo de Levi, não terão parte nem herança com Israel… Por isso [os levitas] não terão herança no meio de seus irmãos; o Senhor é a sua herança, como lhes tem dito.



É evidente a partir desses versos que o “eles” refere-se aos levitas e que “seus irmãos” refere-se às onze tribos restantes de Israel. No capítulo anterior, em Deuteronômio 17:15 , este ponto é ainda mais esclarecido:

…Porás certamente sobre ti como rei aquele que escolher o Senhor teu Deus; dentre teus irmãos porás rei sobre ti; não poderás pôr homem estranho sobre ti, que não seja de teus irmãos.



Basta apenas ler as listas de reis que governaram Israel nos livros de 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis e 1 e 2 Crônicas para verificar o fato de que todos eles eram israelitas. Durante todo o Antigo Testamento, encontra-se a expressão “seus irmãos” referindo-se as tribos de Israel (ver Juízes 20:13; 2 Samuel 2:26; 2 Reis 23:9; Neemias 5:1). Quem então é este profeta como Moisés? Judeus e cristãos têm consistentemente reconhecido que essa passagem está referindo-se a um profeta que surge dentro do povo de Israel. A mesma Bíblia que contém essa profecia acerca da vinda do profeta também nos fornece seu cumprimento. O Novo Testamento revela que este profeta é Jesus de Nazaré, o Messias. Jesus veio a partir da nação de Israel, da tribo de Judá, e, portanto, era um dos “seus irmãos”, os israelitas (João 4:9, 20-22; Romanos 9:4-5; Hebreus 7:14).


Jesus afirmou ser Aquele acerca de quem Moisés havia profetizado. Jesus mesmo disse: “Se vocês acreditassem em Moisés, vocês iriam acreditar em mim, porque ele escreveu a meu respeito” (João 5:46). Na verdade, os primeiros discípulos de Jesus acreditavam ser Ele “…aquele acerca de quem Moisés escreveu na Lei…” (João 1:45). Após Jesus ter enviado os apóstolos para pregar o Evangelho ao mundo, o apóstolo Pedro apelou especificamente para Deuteronômio 18:18 como uma profecia que se cumpriu em Jesus, o Messias (Atos 3:19-26). Até mesmo Estêvão, o primeiro mártir cristão, quando se apresentou perante o Sinédrio, também citou Deuteronômio 18:18 como uma profecia cumprida em Jesus, o Messias, porque Moisés havia sido um dos que também “tinha previsto a vinda do Justo” (Atos 7:37,52). O profeta de Deuteronômio 18:18-19 não pode ser Maomé, contextualmente, culturalmente ou historicamente. Maomé não era um judeu e não era membro de qualquer tribo dentro de Israel como Jesus era. O profeta que se fala aqui é o próprio Jesus,  como o povo de Seu época testemunhou: “Certamente este homem é o Profeta” (João 7:40). Não só os discípulos afirmavam isso, mas o próprio Jesus (Lucas 24:44).


Cantares de Salomão 5:16


Se existe um texto que tenha sido brutalmente distorcido além dos limites pelos muçulmanos, esse texto é Cantares de Salomão 5:16. O raciocínio doentio na interpretação muçulmana desse texto é um exemplo de falácia fonética, confundindo o som de uma palavra por outra e assumindo que elas sejam as mesmas. Se eu dissesse as palavras “serrar” e “cerrar”, ainda que seja verdade que ambas possuem o mesmo som, elas não são, de maneira alguma, por definição e contexto a mesma palavra.


Cânticos 5:16 diz: “A sua boca é muitíssimo suave; sim, ele é totalmente desejável. Tal é o meu amado, e tal o meu amigo, ó filhas de Jerusalém.” Os muçulmanos apontam que a expressão “totalmente desejável” se escreve machmadim em hebraico. Esta palavra hebraica, machmadim, é um substantivo masculino da terceira pessoa do plural e vem da palavra raiz machmad. Eles argumentam então que a palavra hebraica machmad na verdade se refira a Maomé! O primeiro problema com esta linha de raciocínio é que a palavra machmad não é um nome próprio, como João, Tom, ou até mesmo Maomé. Ao invés disso, ela funciona como um adjetivo neste caso, embora seja também um substantivo. A razão para isso é que esta palavra aparece em uma cláusula que descreve, no contexto de Cantares de Salomão, o amor e desejo que a mulher sente pelo seu marido.


Cantares de Salomão é um poema de amor que aborda as delícias do amor conjugal entre um marido e sua esposa. O contexto está explicitamente claro. A palavra machmad significa “desejável”, “coisa preciosa”, “coisa agradável” e sua forma plural machmadim em Cantares de Salomão 5:16 destina-se gramaticalmente a aumentar o sentido da palavra. Hebraístas referem a isso como “plural de intensidade”. Em outras palavras, esta passagem tem a ver com a descrição do amante no poema, com esse sendo “totalmente desejável” ou “muito desejável”. Os muçulmanos, neste caso, envolver-se em uma forma de eisegesis onde lêem no texto um conceito estranho que nunca fez parte do contexto original. Se buscarmos os outros 12 versos no Velho Testamento onde a palavra hebraica machmad também aparece e inserirmos o nome de Maomé nesses lugares teremos frases infelizes e completamente sem sentido. Se os muçulmanos querem ser consistentes, então por que não eles também não interpretam machmad nas seguintes passagens como uma referência a Maomé? Nós encorajamos o leitor a inserir o nome de Maomé nas seguintes passagens e ver por si mesmo o quão absurdo isso seria. As passagens são 1 Reis 20:6; 2 Crônicas 36:19; Isaías 64:11; Lamentações 1:10,11; 2:4, Ezequiel 24:16, 21, 25, Oséias 9:6, Oséias 09:16 e Joel 3:5.


Outro problema e inconsistência com o conceito muçulmano de que Maomé é referido em Cantares 5:16 é a passagem contida em Cantares 5:1, onde o marido fala as seguintes palavras: “comi o meu favo com o meu mel, bebi o meu vinho com o meu leite”. O problema aqui é o fato de que o consumo de vinho é estritamente proibido no Islã. “Ó vós que credes! Bebida forte, jogos de azar, os ídolos e flechas divinas são apenas uma infâmia obra de Satanás. Deixem-as de lado para que possam ter sucesso” (Alcorão 5:90). A idéia de que Maomé iria consumir vinho como um profeta seria inconcebível. No entanto, beber vinho na cultura hebraica era totalmente aceitável. O que é surpreendente a partir de um ponto de vista islâmico, é que enquanto o vinho é proibido aqui na terra, será permitido em abundância no paraíso “à semelhança do Jardim para aqueles que guardam o seu dever (a Allah) é prometido: É aí que estão os rios de águas não poluídas … e rios de vinho delicioso para os bebedores” (Alcorão 47:15). Todos estes pontos considerados, gramaticalmente, culturalmente e historicamente militam contra a visão inconsistente que os muçulmanos impõem sobre o texto. Esse texto não diz nada mesmo sobre Maomé.


João 14:16-17, 26; 15:26; 16:7


As outras passagens principais que os muçulmanos apelam partem do Evangelho de João. O que é irônico é que o Evangelho de João, que tão vigorosamente defende a divindade de Cristo e amplia a identidade de Jesus como Filho de Deus, é também um dos principais textos que recebem os mais mordazes ataques dos muçulmanos. Aqui, novamente, a metodologia inconsistente usada pelos muçulmanos se torna aparente. Onde eles sentem que o evangelho de João possa ser usado para apoiar o Alcorão, afirmam que está certo, mas onde isso não é possível, ele então está errado. Em suma, o leitor perceberá que não há preocupação com os textos bíblicos em si ou se eles podem permanecer válidos em seu próprios méritos. Os textos, ao invés, são arbitrariamente e seletivamente usados pelos muçulmanos para se adequar ao Alcorão. Isso seria o mesmo que os cristãos usando o Alcorão para provar a Bíblia sempre que concorda com ela e o rejeitar quando isso não acontece. Os nossos amigos muçulmanos seriam rápidos em apontar nossa inconsistência aqui, mas, ainda assim, essa atividade fútil é sempre praticada em diálogos de islâmicos com os cristãos. Deve ser sempre lembrado que uma metodologia e um argumento inconsistente são sempre sinais de um argumento falho.


Indo para o evangelho de João, vamos examinar algumas passagens:

E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. (João 14:16,17)

Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” (João 14:26)

Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim. (João 15:26)

Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei. (João 16:7)



A palavra “Consolador” nestas passagens vem da palavra grega “parakletos” e, literalmente, significa “chamado para estar ao lado de alguém”. Assim, aquele que é chamado para estar ao lado de alguém proporciona conselhos, conforto, auxílio, ajuda, etc e, portanto, esta palavra também tem sido traduzida como “Conselheiro”, “Ajudante”, “Intercessor” e “Advogado” em outras traduções da Bíblia, mas todas elas transmitem a mesma ideia. O que é interessante é a afirmação muçulmana de que o “Conselheiro” ou o “Consolador” nessas passagens do Evangelho de João é na verdade Maomé. Além disso, eles fazem a alegação de que a palavra grega original aqui não é “parakletos”, mas “periklutos”, que significa “o elogiado”, e é o equivalente do nome árabe Ahmad, que os muçulmanos alegam ser a forma abreviada do nome de Maomé. No Alcorão é afirmado que Jesus predisse a vinda de “Ahmad” (Alcorão 61:6), a quem os muçulmanos dizem ser Maomé. Uma vez que Jesus predisse a vinda de Maomé, os muçulmanos alegam que o registro desta previsão é encontrado em João 14-16.


Novamente, esta é a metodologia seletiva que vemos na apologética muçulmana. A Bíblia foi corrompida, exceto nos casos onde podem usá-la para reforçar o Islã. O grande problema com esta abordagem é que TODOS os manuscritos gregos que temos do evangelho de João contêm a palavra “parakletos”, que como vimos significa “Conselheiro” ou “Consolador” e nunca “periklutos”. Temos mais de 5300 manuscritos gregos. Dos muitos milhares que possuímos, nem um deles difere nesta leitura de João 14-16. Dezenas desses manuscritos antigos precedem o Islã. Também deve ser lembrado que “parakletos” é um substantivo enquanto que “periklutos” é um adjetivo, sendo assim gramaticalmente são palavras completamente diferentes. O Consolador de que Jesus falou não é um ser humano, mas como o texto identifica é sim o Espírito Santo. “Conselheiro”, “Espírito Santo” e “Espírito da verdade” são termos intercambiáveis que falam da mesma pessoa.


O fato de que Jesus usa o gênero masculino em “ele” e “seu” não inferem que Ele esteja falando de um ser humano. Deus também é descrito na Bíblia e no Alcorão no gênero masculino, e ainda assim Deus é Espírito (João 4:24). Da mesma forma, Jesus fala do Conselheiro como um Espírito, não como um homem. O texto traz isso logicamente. A ironia em ver que muçulmanos utilizam João 14-16 é que estes capítulos são fortemente trinitarianos em sua natureza. Eles falam da Trindade e como cada uma das Pessoas da Divindade trabalham. Por exemplo, o Pai envia o Espírito Santo no nome do Filho (João 14:26). O Filho também envia o Espírito Santo do Pai (João 15:26). Vamos examinar o que Jesus disse sobre a Conselheiro/Consolador e ver se ele se encaixa na descrição de Maomé:

  1. Ele [o Pai] vos dará outro Consolador”. Jesus prometeu aos discípulos que o Pai lhes daria outro Consolador. Durante sua vida na Terra, Jesus tinha sido o Consolador. Agora que ele estava os deixando, Ele lhes prometeu outro Consolador, na sua ausência, o Espírito Santo. O Espírito Santo é “o outro Consolador”, o que implica mais de um. Em outra passagem do Novo Testamento Jesus também é chamado de “parakletos” (mesma palavra usada para o Espírito Santo em João 14-16), nosso Advogado junto a Deus (1 João 2:1). O outro “Consolador” era como ele disse, “o Espírito da verdade”. Se Jesus queria dizer Maomé ao usar o termo “Consolador”, não seria absurdo Jesus ter dito “Ele vos dará outro Maomé”? Os discípulos não tiveram que esperar 600 anos para o Consolador vir, Ele veio cerca de um mês depois da morte e ressurreição de Jesus no dia de Pentecostes (Atos 2:1-4).
  2. “…para que fique convosco para sempre”. Jesus prometeu que o Consolador estaria com Seus discípulos para sempre. Maomé não permaneceu com o seu povo para sempre, mas morreu em 632 d.C. Já O Consolador (o Espírito Santo) tem sido com a Igreja por 2000 anos.
  3. “…mas vós o conheceis Os discípulos de Jesus conheciam o Consolador. Maomé não nasceria até 500 anos mais tarde, e portanto, obviamente, não era conhecido pelos discípulos de Jesus.
  4. “…porque habita convosco”. O Consolador, o Espírito Santo, habitava com os discípulos de Jesus e, portanto, isso era algo que os discípulos haviam experimentado em suas vidas. Maomé não era nem nascido ainda.
  5. “…e estará em vós”. O Consolador, o Espírito Santo, estaria nos discípulos e por extensão em todos os crentes em Jesus. Isso mostra que a habitação do Espírito Santo é uma realidade espiritual, não física. Isso nunca poderia ser dito acerca de Maomé.



Fica claro a partir de uma leitura consistente e honesta de todos os textos mencionados acima que a afirmação muçulmana de que Maomé foi profetizado na Bíblia é absolutamente infundada. Pode-se fazer a Bíblia ou qualquer outro livro dizer qualquer coisa que se deseja se o contexto é ignorado. O mesmo é verdade sobre o Alcorão. Se nós vamos apreciar uma exegese adequada da Bíblia, temos de ser coerentes com a sua gramática e contexto histórico. Quando a Bíblia é lida desta forma torna-se rapidamente evidente o fato de que a Bíblia não prediz a vinda de Maomé. Ao contrário, ela aponta para Aquele que é o tema e assunto principal, Aquele de quem os discípulos testemunharam, “Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José” (João 1:45).

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Esse artigo foi republicado com a permissão de Blog Bereianos

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