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Pensar pode ser perigoso

João Cruzué

Gnus

João Cruzué

De repente, percebo que estou ficando mais velho e solitário. Talvez por isso, possa perceber com mais clareza muitas coisas. Sabe, cresci em um mundo menos complexo e mais solidário, com famílias maiores, a disciplina dos pais, uma boa infância,  os padrões morais do certo e errado mostrava o rumo. Muitos livros, nada de smartphones nem  WWW. A Igreja e a Escola ajudavam muito nossos pais a conseguir um forte estrutura familiar, que por sua vez, as retroalimentava. Sendo a família como uma célula, unida a outras, cria e mantém um corpo, um povo uma nação em busca de prosperidade em tempos de paz.

Não tão de repente, pois nisso temos uns 30 anos, começei a notar o surgimento de velhas ideologias, embrulhadas com papéis brilhantes, utilizando-se do potencial de todos os conflitos, para introduzir um código de comunicação parecido com o a Torre de Babel. Ninguém consegue entender ninguém. Muito individualismo, consumismo e um desejo não contido de virar pelo avesso, a família, a escola,  a pessoa, a  nação, estabelecendo conflitos em um plano sorrateiro (mas não tanto) para desconstruir tudo que estiver de pé.

Quando o ser não mais souber se é homem ou mulher, quando a Igreja perder a presença de Deus por inércia ou poder, quando a Escola for o berço para embalar todo tipo de fisofia, quanto os políticos só pensarem em si mesmos e quando for costume de uma nação pisar sobre uma Bandeira como se fosse um tapete na porta da sala e quando o bem for chamado de mal e todos os valores ficarem invertidos, então,  esta nação terá todos seus muros de proteção derrubado e qualquer hiena que aparecer vai reinar e se alimentar fartamente de uma grande manada de gnus.

Pensar pode ser perigoso, pois aguça a visão. E quando a visão se torna mais clara, podemos enxergar  com clareza uma cobra à beira do caminho ou uma “hiena” falando na TV. E quando a visão da realidade nos choca,  é bom sair da inércia,  para abrir a boca com a vizinhança, não aceitar velhas ideologias que pertubam a aprendizagem na escola,  exigir mais Evangelho e menos política dentro Igreja e, principalmente, para mostrar os perigos do caminho largo e a segurança da porta estreita no seio da  nossa família.

Ebenezer. Maranata.

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Esse artigo foi republicado com a permissão de Olhar Cristão

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